Saiba tudo sobre CDB para investir os seus recursos
O CDB é um dos mais conhecidos investimentos de renda fixa. Se acaso você busca uma aplicação mais rentável do que a poupança, saiba que o CDB é uma boa opção. Principalmente por oferecer uma variedade de modalidades para você investir.
O CDB é emitido por bancos comerciais ou instituições financeiras que são empresas reguladas pelo Banco Central. Por isso, os papéis se tornam mais atrativos, além de renderem juros superiores aos da poupança, oferecendo rentabilidade e segurança.
Entenda com mais detalhes o que é um CDB, bem como os tipos disponibilizados no mercado com suas taxas e prazos. Além disso, conheças as principais características desse investimento em renda fixa.
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O que é o CDB?
Saiba que o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um tipo de investimento de renda fixa, que é emitido pelos bancos comerciais e instituições. Assim, a rentabilidade, os riscos, a tributação, o investimento mínimo e o prazo de aplicação são bem variados no mercado.
O objetivo dos bancos comerciais e instituições financeiras com a emissão desses títulos é realizar uma captação de recursos para o financiamento de atividades de crédito. Ou seja, os recursos vão para a concessão de empréstimos a outros clientes.
Desse modo, os bancos captam o dinheiro no mercado com a oferta de CDBs e pagam os juros por um período de tempo conforme os papéis emitidos.
Com toda a certeza trata-se de um empréstimo que o investidor faz ao banco e em troca recebe os juros pela aplicação realizada. Sem dúvida, é uma operação vantajosa tanto para o investidor quanto para a instituição financeira que emite o título.
É interessante observar que a instituição além de emitir o CDB, deve fazer o registro obrigatório na Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). De fato, é esse registro que dá ao título a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Saiba que com este fundo, o investidor passa a ter a proteção de até o limite de R$ 250 mil, sendo o teto máximo de R$ 1 milhão a cada 4 anos. Para que esse limite seja concedido, a instituição emitente do título tem de ter falido, ter sido liquidada ou ser interditada.
Entenda a diferença entre CDB e CDI
É importante esclarecer a diferença entre CDB e CDI uma vez que as siglas são muito parecidas e podem causar confusão para os investidores. Nesse sentido, o CDB é o Certificado de Depósito Bancário e já o CDI é o Certificado de Depósito Interbancário.
A diferença entre esses dois tipos de certificados de depósitos está nos investidores que realizam as operações. O CDB é uma operação realizada entre o cliente e um banco, por exemplo, já o CDI ocorre entre as instituições financeiras.
O que significa dizer que os bancos realizam empréstimos entre si e pagam juros com essas transações. Assim, a taxa CDI é calculada a partir da taxa média desses empréstimos praticados pelos bancos em um determinado período.
Com base nessa taxa CDI é que são definidos os rendimentos de outros investimentos, inclusive o CDB. Sem dúvida, a taxa CDI afeta diretamente os investimentos realizados por uma pessoa física.
Pois, se você tiver um investimento que rende 100% do CDI e a taxa CDI for 2,75%, o seu dinheiro renderá 2,75%.
Conheça os tipos de CDBs para iniciar os seus investimentos
Os CDBs são classificados conforme o tipo de remuneração e basicamente existem três categorias, que são:
Pré-fixado
Esta modalidade de CDB tem a sua taxa de juros previamente definida antes do investidor realizar a contratação. Por isso, você consegue calcular antecipadamente quanto será o rendimento de sua aplicação em reais no prazo estipulado.
Este tipo pré-fixado é preferido pelos investidores quando existe um cenário econômico de queda da taxa Selic, que é a taxa de juros básica da economia do país.
Pós-fixado
Já esta modalidade é a mais comum no mercado e tem a sua rentabilidade determinada por um percentual de um índice de referência, sendo que em geral são a Selic e o CDI. Assim, a remuneração é efetivamente conhecida ao fim do prazo de vencimento.
Para uma aplicação deste tipo de CDB, é preciso observar a tendência de aumento da taxa de juros Selic, visto que quanto maior essa taxa, maior é o retorno. Já no caso do CDI, que é o principal índice de rentabilidade da renda fixa, a remuneração é um percentual deste.
Híbrido
Nesta modalidade, a rentabilidade é definida por uma somatória da taxa pré-fixada com a taxa pós-fixada, conhecida apenas no final do prazo da aplicação.
Normalmente, o mercado remunera com uma taxa fixa mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o principal índice usado no país para medir a inflação. De fato, é uma tentativa de proteger a aplicação contra a inflação e ainda oferecer uma renda.
Conheça as principais características de um CDB
Independente se é um CDB pré-fixado ou pós-fixado ou ainda híbrido, é interessante conhecer as suas principais características, que são:
- Rentabilidade;
- Riscos;
- Tributação;
- Investimento mínimo;
- Prazo de aplicação.
Vamos explicar cada uma dessas características com mais detalhes para esclarecer todos os pontos importantes para uma aplicação assertiva.
Rentabilidade
Para começar, é preciso esclarecer que a rentabilidade contratada para um título é a da renda bruta. Isto é, para chegar ao valor que o investidor irá receber é necessário descontar o Imposto de Renda (IR) e outras possíveis taxas que possam existir.
Desse modo, obtém-se a rentabilidade líquida do título. Além disso, para definir a rentabilidade de um CDB é preciso considerar algumas variáveis, tais como:
- Porte da instituição financeira;
- Prazo de realização da aplicação;
- Valor para aplicação;
- Taxa de rentabilidade líquida.
Um aspecto importante é que os bancos maiores e melhor capitalizados podem oferecer taxas menores do que seus concorrentes de médio e pequeno porte.
De fato, em virtude do seu grande porte conseguem atrair recursos com mais facilidade, além de terem a seu favor o poder da marca e a sua reputação no mercado.
É interessante esclarecer que também o prazo do investimento é um fator decisivo para obter uma maior rentabilidade. Isto é, quanto maior o período contratado, maior é a taxa de rentabilidade oferecida, bem como menores são as alíquotas do IR a ser descontado.
Riscos do CDB
Para começar vamos esclarecer que todo investimento está sujeito a algum tipo de risco, inclusive investimentos de renda fixa. Desse modo, para aplicar em CDB é importante ter cuidado com a instituição financeira que é a emissora dos títulos.
Isto porque existe o risco de falência da empresa emissora, o que complica a devolução do valor investido, mesmo considerando a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). De fato, esta garantia existe até o valor de R$ 250 mil por CPF e instituição financeira.
Uma alternativa para aplicações maiores do que o valor garantido pelo FGC, é o investidor aplicar os seus recursos em duas ou mais instituições diferentes. Lembrando apenas do teto global de R$ 1 milhão para o mesmo CPF, independente da instituição.
Tributação
O interessante do CDB é que a tributação tem a sua incidência apenas no resgate da operação, ou seja, no vencimento do título. Sendo que ocorre a tributação do Imposto de Renda (IR) e em alguns casos incide o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Para a tributação do IR, tem a tabela regressiva de renda fixa, como apresentada a seguir:
Prazo de Investimento | Alíquota do IR |
Até 6 meses | 22,5% |
De 6 meses a 1 ano | 20,0% |
De 1 a 2 anos | 17,5% |
Acima de 2 anos | 15,0% |
Já o IOF incide nos investimentos de curtíssimo prazo, ou seja, menos de 30 dias de aplicação. Desse modo, a alíquota pode ter uma variação entre 96% a 3% da rentabilidade, visto que este diminui à medida que o tempo aumenta.
Investimento mínimo
O valor do investimento mínimo do CDB tem variações de uma instituição para outra. Por exemplo, os grandes bancos podem oferecer aplicações a partir de R$ 500,00, mas com uma rentabilidade bem menor.
Já as corretoras podem oferecer uma remuneração melhor porque operam com títulos emitidos por diversas instituições, o que permite oferecer melhores alternativas para os investidores.
Prazo de aplicação
Este é um fator de extrema importância para definir a rentabilidade de um CDB, pois não existem prazos generalizados para todas as aplicações. De fato, existem no mercado aplicações que podem ser resgatadas diariamente, ou seja, o CDB de liquidez diária.
O importante é ter em vista que quanto maior o prazo de aplicação, maior será a rentabilidade obtida. Além disso, existe a opção de realizar um resgate parcial do valor aplicado desde que negociado no momento da contratação.
É preciso lembrar também do prazo de carência para realizar o resgate definido pela instituição, sendo que pode variar entre 2 a 3 dias após a sua solicitação.
Vale a pena investir em CDB?
Saiba que a melhor maneira de avaliar se vale a pena investir em CDB é observando as vantagens e desvantagens que essa modalidade oferece. Assim sendo, vamos conhecer as principais vantagens para realizar um investimento em CDB, que são:
- Ter segurança com a garantia do FGC;
- Não ter cobrança de taxas e tarifas extras;
- Ter a opção de liquidez diária;
- Rentabilidade superior ao rendimento da poupança;
- Variedade de valores, prazos e rentabilidades.
Agora, vamos ver quais são as desvantagens de um investimento em CDB, que são:
- Valor do Imposto de Renda alto, principalmente no curto prazo;
- Dependendo das condições da economia do país, pode ter uma rentabilidade menor que outros ativos financeiros;
- Exigência de um valor mínimo para realizar o investimento em CDB;
- Risco de falência da instituição emissora dos títulos.
Desse modo, fica fácil perceber as reais potencialidades de um investimento de renda fixa na modalidade CDB. Já os investidores que estão priorizando o curto e médio prazo é interessante a opção do CDB de liquidez diária.
Além disso, é preciso que o investidor tenha em mente que um CDB que oferece uma taxa menor que 80% do CDI não é interessante. Visto que é um rendimento inferior ao oferecido pela poupança.